A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) é vinculada ao Ministério da Fazenda e tem a finalidade de disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários. O órgão também é administrado por um presidente e quatro diretores, nomeados pelo Presidente da República.
Embora a instituição fiscalize o mercado de capitais brasileiro como um todo, hoje quero conversar com vocês sobre a fiscalização de intermediários financeiros, mais especificamente sobre os profissionais com os quais o cliente costuma ter contato direto.
Em tempos em que a informação obtida de forma online é gigantesca, como diferenciar um profissional da área de um formador de opinião, e qual é a diferença entre eles?
O profissional da área deve estar cadastrado e vinculado à CVM. Ele passa por uma prova, realiza o pagamento de uma taxa trimestral para a CVM manter seu cadastro ativo e, obrigatoriamente, tem que atuar de acordo com o código de ética da profissão, limitando-se a fazer o que está autorizado pela CVM.
De acordo com as normas reguladoras, o formador de opinião pode até ser um estudioso , dominar e conhecer bastante o mercado, mas não pode atuar diretamente na área de investimentos.
Caso o cliente ou pessoa atendida por estes profissionais tenha dúvidas se o mesmo está te orientando quanto aos seus investimentos de forma apta, regulada e autorizada para fazer o trabalho, é possível entrar no site da CVM, na área de cadastro geral e colocar o nome e CPF do profissional. Ainda que as empresas na qual este profissional trabalha também estejam registradas, é necessário também um registro da pessoa física. É possível realizar o acesso para consulta por meio deste link: http://sistemas.cvm.gov.br/?CadGeral.
Os profissionais mais conhecidos, e que geralmente têm mais contato com os clientes, são os Assessores de Investimentos, os Consultores e os Gestores CVM.
Os Assessores de Investimento podem ter diferentes funções dentro do escritório de agentes de investimentos. Diante disso, podem ter uma função mais ‘comercial’, de “hunters”, além de relacionamento com os clientes (farmer’s), de operações de renda variável (traders) e até mesmo uma função que se assemelha ao trabalho administrativo, a de assessores operacionais, que auxiliam tanto o cliente quanto a equipe no acompanhamento dos investimentos.
O consultor CVM costuma cobrar por seu trabalho diretamente do cliente, pois não é vinculado a nenhuma empresa de distribuição de investimentos, podendo cuidar das contas que o cliente tem em diferentes instituições como bancos e corretoras de valores. Geralmente o profissional indica um gerente ou um assessor de investimentos para o cliente, pois embora ele vá montar a carteira e as recomendações, precisa de um assessor ou gerente para executar a compra ou a venda dos ativos, pois não pode realizar a operação diretamente, em nome do cliente.
O gestor CVM pode executar funções que envolvem carteiras administradas, gestão de fundos e análises, por exemplo. Existe um amplo leque de opções quanto ao que será o trabalho no dia a dia.