Da sigla em inglês “Initial Public Offering” (Oferta Pública Inicial), o IPO diz respeito ao evento que acontece quando uma empresa decide abrir capital e distribuir suas ações na Bolsa de Valores pela primeira vez. No Brasil, os IPOs ainda acontecem de forma tímida, mas estão em ascensão.
O primeiro passo para participar em um IPO é ser cliente de um banco ou de uma corretora. Existem investidores que compram pensando em manter o papel, pois acreditam no potencial de investimento de longo prazo, e existem os investidores especuladores, que fazem operações de curtíssimo prazo, comprando e vendendo no mesmo dia. Nessas ocasiões é muito usado pelos traders o termo “flipar”, o qual significa fazer a compra de ações em um IPO com o intuito de vendê-las no dia de sua abertura no mercado para obter lucro financeiro com isso.
Antes de tomar qualquer decisão, é importantíssimo avaliar a saúde financeira da empresa em questão, seus concorrentes, a destinação do recurso captado e as análises feitas por analistas experientes de sua corretora sobre os fatores de risco.
Segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), no primeiro semestre as operações de IPO somaram R$ 32,7 bilhões e as de follow-on, R$ 4,3 bilhões.
Um exemplo recente de IPO é o do Petz. As suas ações (PETZ3) dispararam na estreia da empresa na B3 – a primeira do segmento pet na bolsa brasileira. A alta dos papéis foi de impressionantes 21,82%, cotados a R$ 16,75 no fechamento. A empresa estreou na bolsa com valor de mercado de R$ 5,1 bilhões. O otimismo do mercado com a Petz já havia sido indicado quando a empresa precificou a ação em R$ 13,75, no meio da faixa indicativa de preço (R$12,25 a R$15,25), levantando R$ 3,03 bilhões. Parte do recurso será revertido em novas lojas e hospitais para animais domésticos.
Algumas empresas brasileiras abrem IPO fora do País, como o caso da XP Inc, que teve seu IPO realizado em 11 de dezembro.
A oferta inicial de ações da XP Inc foi a nona maior entre as principais bolsas ao redor do mundo em 2019, em um universo de 250 empresas.