ESG – Fatores ambientais, sociais e de governança

ESG – Fatores ambientais, sociais e de governança

Atualmente, o investidor não avalia apenas as possibilidades de lucro das empresas que investe, mas, também, se as atitudes que a empresa toma são aceitáveis, qual a sua cultura corporativa, como é a governança, relacionamento com a sociedade, ética e preocupação com o meio ambiente. 

Embora esse tema seja tratado com mais frequência e profundidade recentemente aqui no Brasil, o primeiro fundo de investimento sustentável criado foi em 1979, nos Estados Unidos, onde o gestor não permitia empresas que contribuissem com a guerra. Em 1980, os Estados Unidos baniu investimentos provenientes da África do Sul por causa do “apartheid” e em 1990 criou o primeiro índice para acompanhar investimentos sustentáveis.

A Morningstar – entidade avaliadora e classificadora de fundos e empresas – atribui nota para empresas, avaliando seus pilares ESG, subdividindo os temas: questões ambientais (mudança climática e emissão de carbono, uso de reservas naturais, poluição e resíduos; questões sociais (saúde, segurança, diversidade, treinamento de colaboradores, atividades beneficentes, responsabilidade com o consumidor e relação com a comunidade); e questões de governança (prevenção a fraudes, política de remuneração, composição de conselho de administração e direito dos acionistas).

A Morgan Stanley realizou um estudo comparando resultado de retorno entre os fundos sustentáveis e os tradicionais, e derrubou a falsa crença de que os sustentáveis performariam pior. Na verdade, até conseguiu comprovar que eles têm menor volatilidade com resultados muito parecidos.

O tamanho do mercado global ESG é de aproximadamente US$ 30 trilhões – praticamente dividido entre Europa e Estados Unidos. Em relação ao tipo de ativos, mais da metade em ações no mercado de renda variável.

O Brasil está iniciando nesse mercado, principalmente através de ETFs (fundos de índice negociados em bolsa). Na B3 – Bolsa Brasileira – temos o Índice de Carbono Eficiente (ICO2), o Índice de Governança Corporativa (IGCT) e o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Temos, também, títulos de renda fixa classificados como green bond, alguns CRAs (certificados de recebíveis do agronegócio), que se enquadram nessa classificação, mas o volume desse tipo de ativos no Brasil ainda é muito baixo, e as grandes gestoras acabam investindo em empresas internacionais que se adequam aos princípios ESG, e estruturando fundos que não dependam apenas das empresas brasileiras.

A XP Investimentos, buscando liderar as discussões sobre o tema no mercado brasileiro, criou uma diretoria ESG, comandada por Marta Pinheiro e lançou um produto de fundo passivo que investirá em três ETFS internacionais com alto rating ESG, Ishares ESG MSCI USA (empresas americanas), Ishares ESG MSCI EAFE (mercados desenvolvidos exceto Estados Unidos e Canada) e IsharesESG MSCI EM (mercados emergentes).

Para incentivar que o investidor brasileiro acesse este mercado, o produto terá aplicação mínima de R$ 500 e será destinado a todo tipo de investidor.

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