A saúde financeira é um dos fatores importantes para que um relacionamento faça bem para as duas partes. A pessoa que está ao nosso lado tem o poder de nos afundar ou nos elevar. No relacionamento a dois, apoiar e torcer pelo outro parece óbvio, mas nem sempre é o que acontece.
Geralmente um casal não está no mesmo ponto da vida financeira, e desde que se respeitem e tenham objetivos em comum, o relacionamento pode dar muito certo. Segundo uma pesquisa feita pelo SPC Brasil, um terço dos casamentos acaba em divórcio por problemas financeiros. Desta forma, acredito que assim como a educação financeira deveria começar na pré-escola, falar de dinheiro, metas e sonhos deveria começar no início de um relacionamento, ou seja, no namoro.
Saber como o outro lida com dinheiro, certamente te dará uma noção de como agirá se vocês passarem juntos por um momento financeiro difícil, ou até mesmo o contrário, se o outro não se deslumbra ao passar a ter dinheiro demais.
Ter vida própria é importante, mas objetivos em comum engrandecem a relação. Não se trata do tamanho do objetivo, mas de perseguir algo juntos. O começo da organização financeira em conjunto pode ser algo simples, por exemplo: abrir mão de sair alguns fins de semana para conseguir fazer uma viagem a dois ou até mesmo um curso. Das coisas mais simples, você e a pessoa ao seu lado poderão chegar a objetivos de maior peso e responsabilidade, como comprar um imóvel ou abrir um negócio juntos.
Diversificar a renda da casa deve fazer parte da estratégia. Não ter “segredos financeiros” também ajuda demais. Economizarem juntos, ao invés de economizarem um com o outro. Não se trata de presentes caros, mas de compartilhar momentos. Respeitar os gostos do outro, mesmo que não lhe pareça importante uma bicicleta mais equipada , uma roupa de mais qualidade , sapatos, um bom vinho … Separar uma verba para a “despesa que não agrega” , pois se privar de tudo dificulta continuar com a “dieta financeira”
A dependência financeira pode ser tão prejudicial quanto a dependência emocional. É importante saber que se uma das pessoas do casal não trabalha fora, de forma alguma deve ser desprezada por não gerar “renda”. Por conta desta situação, ela pode ajudar a economizar em muitas despesas necessárias quando não se tem uma pessoa sempre em casa, como por exemplo, serviços de transportes escolares ou até mesmo babás para as crianças.
Ao longo destes anos de trabalho, já acompanhei vários casais crescendo juntos, assim como já acompanhei alguns que seguiram caminhos diferentes. Quando não se olha na mesma direção, a tendência é o distanciamento.
A relação se fortalece com atitudes simples como se planejar financeiramente, fazer planos em conjunto, compartilhar com o parceiro o projeto de crescimento financeiro e profissional, não fazer dívidas individuais, não esconder gastos e acima de tudo, pensar em um futuro juntos.